Programação

 

 

OFICINA A: Práticas Transmídia - linguagens convergentes e construção de mundos

                    Prof. Dr. Dario Mesquita (DAC/UFSCar)

                    Vagas: ilimitadas

RESUMO

O curso objetiva tratar a respeito das diferentes perspectivas teóricas sobre o conceito de transmídia, como uma forma de pensar e refletir o conteúdo em fluxo por mídias e plataformas. Apesar do termo tornar-se popular através da ideia de narrativa transmídia, há outros olhares sobre o fenômeno provenientes de diferentes contextos geográficos-culturais e de campos de estudos como a narratologia, a linguística e o design. Nesse cruzamento de ideias, a construção de mundos se mantém como essencial para a constituição de uma base de histórias conectadas por diferentes mídias, além auxiliar na configuração de uma plataforma mediadora para a participação do público.

REFERÊNCIAS

DENA, C. Transmedia Practice: Theorising the Practice of Expressing a Fictional World across Distinct Media and Environments. Tese de Doutorado. Sydney: University of Sydney, 2009.

 FECHINE, Y. “Transmidiação como modelo de produção: uma abordagem a partir dos estudos da televisão e de linguagem”. In: MASSAROLO, J.; SANTAELLA, L.; NESTERIUK, S. (Org.). Desafios da Transmídia: processos e poéticas. 1. ed. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2018. p. 296.

 JENKINS, H. Cultura da Convergência. São Paulo: Aleph, 2008.

 KLASTRUP, L.; TOSCA, S. “Transmedial worlds – Rethinking cyberworld design”. Proceedings. International Conference on Cyberworlds, CW 2004, p. 409–416, 2004.

 MASSAROLO, J.; MESQUITA, D. “Reflexões teóricas e metodológicas sobre as narrativas transmídia”. Lumina, v. 8, n. 1, p. 1–19, 2014.

 MUNGIOLI, M. C. “A construção de mundos possíveis se tornou um processo coletivo – Entrevista com Carlos Alberto Scolari”. Matrizes, v. 4, n. 2, p. 127–136, 2011.

 RYAN, M.-L.; THON, J.-N. “Storyworlds across Media – Introduction”. In: RYAN, M.-L.; THON, J.-N. (Org.). Storyworlds across Media – toward a media-conscious narratology. Lincoln: University of Nebraska Press, 2014. pp. 1-23.

 SCOLARI, C. A. Narrativas transmedia: cuando todos los medios cuentan. Barcelona: DEUSTO, 2013. Edição E-book.

STEINBERG, M. “Condensing the Media Mix: Multiple Possible Worlds in The Tatami Galaxy”. Canadian Journal of Film Studies, v. 21, n. 2, p. 71–92, 2018.

 STEINBERG, M. The Platform Economy – how Japan transformed the consumer internet. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2019.
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OFICINA B: Práticas semióticas: questões teóricas e aplicadas

                    Profa. Dra. Patrícia Moreira (UNESP)

                    Vagas: 50 70 [ESGOSTADO]
RESUMO

Segundo Greimas (1978 apud FONTANILLE, 2010 p. 16), o plano da expressão “só poderá ser trabalhado se produzir algum sentido que possa ser relacionado ao plano do conteúdo”, como categoria semiossimbólicas. Fontanille (1992; 2010) passa a fixar novos limites para o objeto com a missão de atingir duplo objetivo: (a) ir além do texto); (b) respeitar o princípio de imanência que rege a corrente linguística da qual a semiótica emerge como desdobramento. Este minicurso tem como objetivo apresentar noções elementares das Práticas Semióticas partir da discussão teórico-prática em torno dos seis  níveis que constituem as instâncias formais e as instâncias materiais e os tipos de análises passíveis de realização. Espera-se, com isso, oferecer o contato primário com profícuo e recente ferramental analítico que se desdobra da semiótica standard.

REFERÊNCIAS

FONTANILLE, Jacques. Práticas semióticas: imanência e pertinência, eficiência e otimização. In: DINIZ, Maria Lúcia Vissotto Paiva; PORTELA, Jean Cristtus (Orgs.). Semiótica e Mídia: textos, práticas, estratégias. Bauru: Unesp/Faac, 2008a, p. 15-74.

FONTANILLE, Jacques. Quando a vida ganha forma. Tradução e notas de Jean Cristtus Portela. Revisão de Matheus Schwartzmann. In: NASCIMENTO, Edna Maria Fernandes dos Santos; ABRIATA, Vera Lucia Rodella (Orgs.). Formas de vida: rotina e acontecimento. Ribeirão Preto: Coruja, 2014. 218 p. p.55-86.

MOREIRA, Patricia Veronica; PORTELA, Jean Cristtus. A figura feminina nos filmes Disney: prática de representação identitária. PERcursos Linguísticos[S. l.], v. 8, n. 18, p. 262–271, 2018.

PORTELA, Jean Cristtus. Semiótica midiática e níveis de pertinência. In: DINIZ, Maria Lúcia Vissotto Paiva; PORTELA, Jean Cristtus (Orgs.). Semiótica e Mídia: textos, práticas, estratégias. Bauru: Unesp/Faac, 2008, pp. 93-113.

SILVA, Cintia Alves; PORTELA, Jean Cristtus. Os níveis de pertinência semiótica na edição das cartas de Chico Xavier. In: PORTELA, Jean Cristtus et al (org.). Semiótica: identidade e diálogos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2012.

SCHWARTZMANN, Matheus Nogueira; PORTELA, Jean Cristtus. Rê Bordosa: forma de vida e moralização. In: Edna Maria Fernandes dos Santos Nascimento; Vera Lucia Rodella Abriata. (Orgs.). Formas de vida da mulher brasileira. 1ed. Ribeirão Preto: Coruja, 2012, p. 35-63.

 

Leitura de apoio: https://drive.google.com/drive/folders/1cu6afPIH4bp7oZvq98sRuPjg2N3Zcoxb?usp=sharing

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OFICINA C: A semântica da (in)definitude em libras: questões metodológicas

                    Prof. Dr. Anderson A. da Silva

                    Vagas: 20 [ESGOTADO]
RESUMO

O minicurso tem por objetivo apresentar e discutir questões metodológicas concernentes a investigação da (in)definitude utilizando dados de sinalizadas e orais. Tentarei explicitar, em que medida, fatos decorrentes da modalidade em que as línguas são produzidas, podem interferir na coleta de dados. Além disso, um breve apanhado sobre a literatura sobre nomes nus e DPs em línguas com e sem artigos será apresentado.

REFERÊNCIAS

ALMEIDA-SILVA, Anderson. A (in) definitude no sintagma nominal em libras: uma investigação na interface sintaxe-semântica. 2019. Tese de Doutorado – Instituto de Estudos da Linguagem – UNICAMP. Capítulos 2 e 5.  <http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/336176/1/Silva_AndersonAlmeidaDa_D.pdf>

 

GOMES, Ana Quadros; MENDES, Luciana Sanchez. O sintagma nominal. In: GOMES, Ana Quadros; MENDES, Luciana Sanchez. Para Conhecer Semântica. São Paulo: Contexto, 2018.

 

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OFICINA D: Tu varia(s), e eu avalio e julgo: quando, como e por quê?

                     Profa. Dra. Caroline Biazolli (DME/PPGL-UFSCar); Prof. Me. Marcus de Sene (PPGLLP- UNESP/FCLAr); Profa. Ma. Sílvia Brandão (PPGLLP-UNESP/FCLAr)

                     Vagas: 30 [ESGOTADO]

RESUMO

A fim de apresentarem uma teoria empiricamente fundamentada, Weinreich, Labov e Herzog (2006 [1968]) discorrem sobre cinco problemas relevantes no âmbito da variação e mudança linguísticas – fatores condicionantes, transição, encaixamento, avaliação e implementação. Embora as questões relacionadas a esses problemas, obviamente, estejam inter-relacionadas, neste minicurso, objetivamos discutir alguns pontos cruciais para o entendimento da avaliação de fenômenos variáveis, a qual pode se dar abaixo ou acima da consciência do falante. Nosso ponto de partida será a conceituação teórica de três aspectos particulares de variáveis linguísticas – os estereótipos, os marcadores e os indicadores (LABOV, 2008 [1972]) – para problematizarmos quando, como e por que emitimos juízos acerca de diferentes formas linguísticas. Para subsidiar nosso debate, utilizaremos dados extraídos do projeto Preconceito linguístico na rede e fora dela: categorização, perfis sociais e avaliação subjetiva, iniciado em 2019, que tem como intuito geral identificar e analisar, no contexto das redes sociais, a natureza dos fenômenos estigmatizados do Português Brasileiro, investigando quem são os internautas que fazem apreciações negativas sobre o dado linguístico e sobre quem se imagina que o produz e estabelecendo relações para além do ambiente virtual. Nossa proposta, em termos gerais, é oferecer saberes sobre o fenômeno da variação linguística e suas reações subjetivas, buscando a construção de repertório teórico-metodológico para o combate ao preconceito linguístico e, sobretudo, para a propagação do respeito linguístico (SCHERRE, 2020).


REFERÊNCIAS

BAGNO, M. Preconceito linguístico. 56. ed. São Paulo: Parábola, 2015.

 

 BRANDÃO, S. M.; BIAZOLLI, C. C.; SENE, M. G. PRECONCEITO LINGUÍSTICO DENTRO E FORA DA REDE: o projeto, a construção dos corpora e os resultados preliminares. Falange Miúda, v. 5, p. 222-243, 2020.

 

 FARACO, C. A.; ZILLES, A. M. S. Introdução. In: ZILLES, A. M. S.; FARACO, C. A. (orgs.). Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola, 2015. p. 7-15.

 

 FREITAG, R. M. K.; SEVERO, C. G., SEVERO, C. G.; GÖRSKI, E. M. (org.). Sociolinguística e Política Linguística: Olhares Contemporâneos. 1. ed. São Paulo: Blucher, 2016.

 

 LABOV, W. Padrões sociolinguísticos. São Paulo: Parábola, 2008 [1972].

 

 LEITE, M. Q. Preconceito e intolerância na linguagem. São Paulo: Contexto, 2008.

 

 SCHERRE, M. M. Pe. Respeito linguístico: contribuições da Sociolinguística Variacionista. Abralin ao Vivo – Linguists Online, 8 de julho de 2020.

 

 SCHERRE, M. M. P. Doa-se lindos filhotes de poodle: variação linguística, mídia e preconceito. São Paulo: Parábola, 2005.

 

 WEINREICH, V.; LABOV, W.; HERZOG, M. Fundamentos empíricos para uma teoria da mudança linguística. São Paulo: Parábola, 2006[1968].

 

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AULA-MAGNA: Acomodação do texto de canção na teoria semiótica

                        Profa. Dra. Mônica Balthazar Signori (Livre Docente/DL/PPGL-UFSCar); Prof. Dr. Fernando Fiori (PPGL-UFSCar); Me. Daniel Perico Graciano (PPGL-UFSCar)

                         Vagas: ilimitadas

RESUMO

Pelas lentes da teoria semiótica greimasiana, a canção é abordada como um texto sincrético que associa melodia e letra, em uma composição que evidencia a musicalidade inerente à linguagem verbal, cuja tessitura se acomoda aos estados de alma de sujeitos em busca de seus valores: melodia, harmonia, ritmo, timbre, os recursos da expressividade sonora são conjugados, em inúmeras formas de combinação, para que os sentidos possam ser entoados.



REFERÊNCIAS

BARROS, D.L.P. Teoria do Discurso: fundamentos semióticos. São Paulo: Humanitas / FLLCH / USP, 2001.

BARROS, D.L.P. Teoria Semiótica do Texto. São Paulo: Ática, 2005.

FIORIN, J.L. Elementos de Análise do Discurso. São Paulo: Contexto, 2005.

LOPES, I. C. e TATIT, L. Elos de Melodia e Letra: análise semiótica de seis canções. Cotia (SP): Ateliê Editorial, 2008.

MORAES, F.H e SIGNORI, M.B.D. Semiótica e Canção: uma paixão brasileira.

TATIT, L. Canção e oscilações tensivas. Em: Estudos Semióticos. V. 6, n.  2 (2010), p. 14-21. Disponível em: http://www.fflch.usp.br/dl/semiotica/es/eSSe62/2010esse62_ltatit.pdf. Consultado em: nov./2013.

TATIT, L. Elementos para a análise da canção popular. Em: Cadernos de Semiótica Aplicada, V. 1, n. 2 (2003). Disponível em http://seer.fclar.unesp.br/casa/issue/view/159. Consultado em: nov./2013.

TATIT, L. Musicando a Semiótica: ensaios. São Paulo: Annablume, 2008.

TATIT, L. O Cancionista: composição de canções no Brasil. São Paulo: Edusp, 2002.

TATIT, L. Semiótica da Canção: melodia e letra. São Paulo: Escuta, 1994.

SIGNORI, Mônica Baltazar Diniz; MORAES, F. H. . Semiótica e canção: uma paixão brasileira. In: Roberto Leiser Baronas. (Org.). Estudos discursivos à brasileira: uma introdução. 1ed.Campinas - SP: Pontes, 2015, v. 1, p. 39-70.